Notícias do Portal Vermelho

26 de nov. de 2012

Mobilizar a nação pelo desenvolvimento e a democracia

As eleições municipais de 2012, pelas circunstâncias nas quais se realizaram, foram um teste significativo para a base política do governo da presidenta Dilma Rousseff. O Partido Comunista do Brasil analisa essa extensa batalha, procura extrair lições e apontar perspectivas. E, ainda, examina seu resultado específico e traça caminhos para seguir ganhando força crescente.

O contexto da disputa

As eleições transcorreram num clima de acirrado confronto político, contudo, favorável às forças democráticas e progressistas.

Em que pese os impactos da crise mundial do capitalismo sobre o país, a presidenta Dilma Rousseff e seu governo tiveram crescente aprovação popular devido às medidas adotadas para fazer frente às adversidades. Ao todo foram mais de dez “pacotes” de conteúdo expansionista e não de austeridade, como a significativa redução da taxa básica de juros, os esforços para garantir um câmbio favorável à economia nacional, a desoneração fiscal e as medidas para manter a oferta de empregos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou sua ação política, colocando sua liderança a serviço de seu partido e das forças aliadas. Beneficiada por este quadro e pela sequência de êxitos nos pleitos precedentes, a base do governo lançou grande número de candidaturas com possibilidades de sucesso.

Por sua vez, a oposição formada pela trinca PSDB-DEM-PPS – prisioneira de ideias programáticas que fracassaram no mundo e no Brasil, e debilitada pelas derrotas anteriores – teve ao seu socorro o poderio do sistema de oposição que, além dos citados partidos, é constituído pela plutocracia reacionária, pelo conservadorismo das camadas enriquecidas da classe média e pelo poder mistificador do monopólio dos meios de comunicação de massa.

Sobretudo nas metrópoles, tucanos e agregados realizaram suas campanhas no “vácuo” do intenso e intermitente bombardeio midiático lançado contra o núcleo de sustentação do governo, especialmente visando a golpear a credibilidade do PT, macular a liderança do ex-presidente Lula e, por extensão, desmoralizar a imagem do conjunto das forças avançadas. Nesta operação, usaram e seguem a utilizar o julgamento da Ação Penal 470 em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), carimbado de “mensalão” pela grande mídia. Este julgamento, pela sua importância, é analisado em outro documento do PCdoB. Aqui, cabe destacar, que ele se iniciou, indevidamente, entremeado com o calendário eleitoral e sob forte pressão da grande mídia que, a priori, já havia condenado e mesmo promovido o linchamento público dos réus. Em prejuízo do Estado democrático de direito, a maioria do STF deixou-se contaminar por essa diretriz que exige a inescapável condenação dos acusados, mesmo com a inexistência de provas.

Algumas das principais decisões do julgamento foram proclamadas nos momentos cruciais do primeiro e do segundo turno, fato que favoreceu a oposição e açulou os ânimos do conservadorismo.

21 de nov. de 2012

Judeus X Palestinos

 Bombas sobre a Faixa de Gaza em 19/11 (Foto: REUTERS/Yannis Behrakis)

 Por Jeferson Malaguti Soares *

Há dez anos era realizada em Durban, na África do Sul, a Conferência Mundial sobre o Racismo. Na ocasião foi possível conhecer as posições de lideranças envolvidas no conflito que o sionismo gestou, no momento em que as populações palestinas sofriam com a ocupação violenta e usurpadora de todos os seus direitos básicos. Um debate internacional, do qual fugiram a potência imperialista hegemônica, os EUA, e os representantes do sionismo institucionalizado, o Estado de Israel, os quais se retiraram abruptamente de um dos eventos mais importantes do inicio deste século. Ficou claro que o sionismo é, sim, uma forma de racismo.

Caso os judeus tivessem intenção em superar esse estigma, deveriam ter colocado em prática a retirada dos territórios ocupados e reconhecido  o Estado Palestino soberano e independente. No entanto, o que têm feito até hoje, diuturnamente, é exatamente o contrário, invadindo mais e mais territórios árabes, matando indiscriminadamente civis, crianças e velhos.

 Nada mais ilustrativo desse genocídio do que as palavras do então Ministro da Defesa de Israel, General Moshe Dayan, no inicio da ocupação de 80% dos territorios palestinos em 1967: " Vocês (palestinos) devem continuar vivendo como cães e, qualquer um que queira, pode sair, e nós veremos aonde este processo vai levar...". Também ilustra com clareza, as palavras do jornalista argentino Jacobo Timmerman, um judeu sionista, depois de viver em Telavive,  afirmando, em um livro que Israel se tornou uma sociedade autoritária. Ele pergunta: "O que transformou os judeus em criminosos tão eficientes?".

13 de nov. de 2012

As condenações de Dirceu e Genoíno

Por Jeferson Malaguti Soares *


Fundamentos jurídicos primários, aqueles que exigem provas materiais ou imateriais que justifiquem culpabilidade, foram esquecidos, descartados, relegados ao covil dos princípios aéticos e espúrios.

Depois de eliminados todos os fatores e fatos que possibilitavam inocência frente ao que estava sendo julgado, restaram, por conseqüência,  apenas aqueles condenatórios.

Com arrogância os ministros (não seria mais adequado juízes?) distorceram e inventaram prescrições constitucionais, no mínimo atropelaram a razão, os preceitos e a liturgia do posto que ocupam. Pedantearam, deslustraram-se, enlouquecidos pela ilusória vaidade midiática. Passaram ao largo das evidências e se embrenharam pela trilha obscura do desdouro e da conspurcação. Conspícuo, apenas o paradigmático Ricardo Lewandowski.

Esse colegiado escancarou precedentes jurisprudenciais, os quais, almejo, serão aplicados quando do julgamento do “mensalão” do PSDB, isso se não permitirem que o crime prescreva.

9 de nov. de 2012

Comissão Política define tarefas pós-eleitorais do PCdoB

Reunida em Brasília, a Comissão Política Nacional do PCdoB, emitiu nesta quinta-feira (8) nota que traça as tarefas dos comunistas brasileiros após as eleições municipais de 2012. O texto aponta a participação e as conquistas do Partido em todo o território brasileiros no pleito deste ano.
O documento ressalta a eleição de 56 prefeitos, 85 vice-prefeitos e 976 vereadores comunistas. “Em importantes capitais brasileiras, os comunistas, mesmo não logrando êxito eleitoral, protagonizaram campanhas que atingiram parcelas expressivas do eleitorado. As amplas chapas de vereadores projetaram também a legenda do PCdoB a novos patamares”.
Os êxitos do Partido são atribuídos aos “aos programas e propostas defendidas pelo partido perante o eleitorado, à militância e sua capacidade de mobilização e aglutinação de camadas mais amplas do povo, e, finalmente, às lideranças comunistas, candidatos e dirigentes partidários, que encabeçaram o esforço”, explica a nota.

“Terminadas as eleições, cabe aos comitês estaduais e municipais iniciarem, de imediato, o balanço político dessa grande batalha, examinar a fundo os fatores da força e das insuficiências partidárias, e traçarem o planejamento das novas tarefas partidárias”, indica a CPN.
Leia abaixo a íntegra do documento: