Notícias do Portal Vermelho

22 de mai. de 2013

Superando o capitalismo

Por Jeferson Malaguti Soares *

A exploração do homem pelo homem remonta aos primórdios da humanidade, na medida em que foram sendo criados conceitos discriminatórios sobre a propriedade, a produção, a distribuição e o consumo de produtos básicos para a sobrevivência humana. Desses conceitos e preconceitos, nasceram os princípios da Economia da Produção (“... a economia é o estudo dos métodos pelos quais a comunidade tira proveito dos bens materiais.” – Veblen, 1857/1929) e da Economia Politica (“... a economia política trata principalmente dos interesses materiais das nações. “ – Roscher, 1817/1894).

A partir daí surgem, então, o mundo rico e o mundo pobre. As categorias de nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas. Os ricos e contumazes consumidores dos bens e as populações subnutridas, analfabetas, carentes e absolutamente dependentes das regiões economicamente desenvolvidas, dos ricos.

Mas existe pobreza também nos países mais ricos, haja vista que nem todas as pessoas vivem confortavelmente nas nações abastadas. Em toda parte há pelo menos um terço ou um quarto da população constituída por gente verdadeiramente pobre, mal vestida, mal abrigada e mal nutrida.

Por que há tantos pobres no mundo? Por que isto acontece, apesar da evolução tecnológica que privilegia seguidamente a produtividade no campo? Por que os níveis de vida variam tão grandemente? Por que tudo isso acontece, se a natureza é pródiga na fartura? Simples: além da discriminação racial, étnica, ideológica, religiosa e social, países subdesenvolvidos são administrados também por governos subdesenvolvidos, mantidos no poder pelas nações mais poderosas que, para continuar liderando, fomentam a discórdia, a violência e a guerra, contribuindo enormemente para o empobrecimento de um povo ou de uma civilização inteira.

Nota-se, com bastante clareza, que a pobreza está sempre sendo gestada pelos países mais poderosos, a fim de que não fuja de seu controle. É importante que ela seja mantida, tanto para a economia quanto para a manutenção do poder dos mais ricos sobre os mais pobres. Estes são obrigados a consumir produtos de segunda classe, que não mais interessam aos abastados, além de contribuir com matéria prima, com baixo ou nenhum nível de industrialização, a preços aviltados.