Texto de Jeferson Malaguti Soares*
Em 25 de Março passado, nosso partido completou 91 anos. São anos de muita luta e de muitas perseguições sofridas. Desses 91 anos, em quase 50 atuamos na clandestinidade, proibidos que fomos de existir. Enfrentamos ditaduras, fizemos guerrilha, ajudamos a implantar a democracia.
Já em Agosto de 1964, alguns meses após o golpe militar, na condição de partido clandestino, iniciamos os preparativos para a resistência armada. Definimos que o movimento democrático antiimperialista deveria estar nas mãos do proletariado, que o imperialismo estadunidense era e é o principal inimigo do povo e precisa ser combatido. Em nossa VI Conferência Nacional (1966), o PCdoB se definia pelo caminho da luta armada. No mesmo ano, dávamos inicio à guerra de guerrilhas, na região do Rio Araguaia,entre o sul do Pará e norte de Goiás, movimento que no início de 1970 foi aniquilado pela repressão, na maior empreitada militar do governo brasileiro desde a Segunda Guerra Mundial.
Nossa matriz ideológica está assentada no marxismo-leninismo e continua, desde nossa fundação, a ser calcada na ditadura do proletariado, atribuindo todo o poder e protagonismo ao trabalhador.
Nomes que nos honram e dão força para continuarmos a luta, ilustres idealizadores e mantenedores de uma filosofia de trabalho dedicada ao povo trabalhador, são os de João Amazonas e Mauricio Grabois, ambos de ilibada trajetória.